O Tempo...
Aqui perco anos, perco vida, perco momentos, perco raios de sol, gotas de chuva, a sombra das árvores que crescem e envelhecem lá fora…
Aqui sinto-me enclausurada, privada de ar puro e de convivência…
Aqui definho a cada dia que passa, a cada minuto que poderia estar noutro sítio, em outro sítio qualquer, onde o vento me esfriasse a cara e me aquecesse a alma…
Aqui não sou eu, sou apenas e somente quem querem que eu seja, sou apenas um estereotipo criado para poder estar Aqui…
É difícil termos de crescer, de amadurecer, de depender de nós e olharmos para o passado com lágrimas presas por detrás dos olhos, com saudades, com desejo de que o tempo fique preso naquele momento em que a única certeza que possuíamos era de que não sabíamos de nada que nos pudesse fazer mal! Éramos invencíveis, incontroláveis, éramos felizes porque a realidade em que vivíamos nos permitia ser assim… donos da nossa alma, mestres das nossas acções… senhores do nosso nariz…
O tempo, esse, jamais volta atrás… é a lei da vida, dizem…
E sim, é essa lei que prevalece! Porque os momentos que gostaríamos de ver repetidos, os erros que gostaríamos de poder corrigir, as pessoas que poderíamos ter conhecido, um olhar que poderíamos ter lançado… perderam-se no tempo, ficaram presos no passado e é neste presente que temos de aprender a aceitar essa realidade, para que no futuro possamos aproveitar tudo, tudo até ao limite que o nosso ser nos permitir…
CARPE DIEM CAUSE MEMENTO MOI!
1 comentário:
Gostei muito deste poema. Tens jeito para a coisa... Um beijinho de uma abelha para outra. ;)
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