Em janeiro de 2024 dei o último ar da minha graça neste meu cantinho. É cada vez mais difícil pôr em palavras escritas (escritas e proferidas!) o que sinto, falar abertamente sobre o que me vai na alma. Sinto que as palavras me fogem, como o tempo que corre sem me dar tempo para o apanhar! Sinto que as lágrimas secaram e o sorriso esmorece a cada diz de passa. Fecho a porta de casa e comigo levo todas as intempéries do dia e elas, sem querer, acabam por carregar tudo o que eu carrego e que só a mim diz respeito... e sou injusta e elas ouvem e gritam e choram. E choramos as três!
Terminaram o terceiro ano e no último ano deste ciclo vão recomeçar. Quem as acompanhou nestes últimos três anos vai abraçar outro projeto e não as leva até ao fim. Se estou triste? Não. Passarão por mudanças a vida inteira e isso só vai fazer com que cresçam e se habituem que os momentos são efémeros, tal como as pessoas que fazem parte da nossa vida. Foram felizes até aqui? Sim e não. Aprenderam as letras e os números, a junção de palavras, os cálculos e o mundo que nos rodeia. Aprenderam a partilhar mais, a regrar-se mais, a conhecer limites... e a ver e ouvir coisas que não deveriam ter isto ou ouvido tão cedo! Há pessoas que não estão talhadas para o que fazem, mas que continuam a fazê-lo. E outras há, felizmente, que se apercebem do que está errado e mudam, porque estamos sempre a tempo de mudar!
Tenho medo (temos todos!) do que a mudança trará a estas minhas meninas pequeninas (que são menos pequeninas do que quero acreditar!), mas não quero pensar muito nisso! Escolhi tanto há três anos e arrependi-me quase todos os dias... coisas de adulto! Para eles é tudo tão mais fácil!
Sem mais nada a dizer, fico por aqui, até a vontade de escrever voltar a assaltar-me!
quinta-feira, 3 de julho de 2025
blá blá blá, vida nova.
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