terça-feira, 13 de março de 2007

dias... meses... anos...

Começamos a vida como filhos de alguém, como protegidos, detentores de atenção e afecto por parte de todos os que nos rodeiam… será que no futuro damos o verdadeiro valor a quem sempre nos apoiou, ajudou, a quem enfrentou tudo e todos em nosso prol? Será que a vida, o decorrer do tempo nos rouba o que fomos, o nosso ser mais íntimo, o modo como sentimos, como olhamos e encaramos a vida? Sempre gostei de ouvir, ouvir sem pedir nada em troca, ouvir só por ouvir, porque alguém precisa falar… às vezes gostava, não de voltar costas a quem me confia os segredos, mas de não me envolver tanto, não sentir que algum dia isso poderá acontecer comigo… O relógio biológico deve estar quase a soar o alarme… tenho medo… tenho medo de não conseguir, tenho medo de falhar… tenho tanto medo… Sei e sinto que quero passar por essa experiência! Sei e sinto que darei o melhor de mim, que farei TODOS os sacrifícios necessários para que nada possa faltar a essas pessoas pequeninas com quem um dia quero poder brincar no quintal, a quem quero poder ver e viver o primeiro sorriso, limpar a primeira lágrima… estender a minha mão e oferecer o meu ombro para essas deambulações da primeira desilusão… E depois? Será que sofrerei com palavras amargas, com enganos e mentiras, com faltas de um “obrigado, mãe”?! Será… Será justo estar já a prever a personalidade de alguém que ainda não existe? Será correcto estar a idealizar um ser que pode nem vir a existir? Será? As dúvidas constantes da nossa existência…

6 comentários:

Anónimo disse...

Fikei confusa,tas a falar dos dois lados o de ser filha e o de ser mãe....pareceu-me q tas magoada certo.....pareceu-me tb q tas a penar em dar mais uma afilhada á tuna......
Veijão MAdrinha tou aki po q precisares

Vanessa disse...

Nunca se está preparada para ser mãe. Por muito que se leiam livros, revistas, efectuem pesquisas na internet ao encontro de respostas às nossas dúvidas... é só quando os temos nos braços que adquirimos experiência e nos tornamos capazes de tomar conta desses seres tão pequeninos e tão indefesos.

Não tenhas receio amiga... ter um filho é a melhor coisa que pode haver. Dá-nos alegria, esquecemo-nos dos problemas que nos rodeiam e fazem-nos muito mais felizes.

Por outro lado, torna-nos mais responsáveis, pensamos mais no futuro e queremos dar-lhes o melhor.

Bem, há tanta coisa para dizer...

Se o teu relógio biológico está prestes a soar o alarme... não receies...

Beijocas

Sara disse...

Tu queres engravidar já?? :O

abelha maia disse...

oh meus amores!perceberam tudo mal...
eventualmente sim, quero ter filhos!
mas estava a falar de alguém que desabafou comigo, que tem a vida completamente virada do avesso e nem com os filhos pode contar!
só estava a falar no meu medo de um dia isso poder acontecer-me...
beijos

Anónimo disse...

Eu percebi perfeitamente o que (d)escreveste...sei, conheço, vivo a situação...a dôr é profunda...o sentimento de "perda", de magoa é uma realidade...mas nada q o tempo não cure, creio eu!
Mas também existe o lado construtivo, no sentido de que, com mais esta lição de vida, os laços se fortalecem...quero crer nisso também...
Pois, Deus queira que, a procura da minha filha (que nesta fase precisa do "espaço dela, privacidade dela, tempo dela e só para ela") resultem numa maturidade sã, responsabilidade e valorização de valores e princípioss...e aí sim terá valido a pena ela achar que, nesta altura, estar em baixo das "asas da mãe controladora" não lhe serve...
Enfim...acima de tudo amo-a e confio nela...e isso dá-me forças para o resto...se ele qual fôr...
Uma mãe!

abelha maia disse...

são fases da vida, precalços da idade... também é assim, nesse casulo em que nos fechamos (falo em "nós" porque ainda sou apenas filha) ajuda a criarmos a nossa personalidade... às vezes magoamos aqueles que querem lá entrar sem a nossa permissão porque se, o espaço é nosso, é apenas e somente nosso!penso que já todos passámos por isso... e isso, como qualquer outra fase, acaba por passar!
obrigada pelo teu comentário, boa sorte na vida, na maternidade, boa sorte em tudo!