segunda-feira, 24 de junho de 2019

reik'iniciada...

O que é que hoje senti ao acordar?
Como correram as primeiras horas da manhã?
E a despedida, o até logo repetidamente dito todos os dias da semana?
A viagem até ao trabalho (hoje, de comboio), foi pacífica?
O café, as caras conhecidas que fazem deste ritual o início de mais uma jornada...

Iniciei sábado passado a minha terapia, uma terapia "imposta" que inicialmente seria para a Clara... confesso que não conheço aprofundadamente os benefícios do reiki mas sinto que é para mim. Senti esse turbilhão de sentimentos na sessão em que levei a Clara para o desconhecido e foi dos meus olhos que brotaram as lágrimas que cobriram o meu rosto. E neste sábado não foi diferente. Se for assim sempre, em que "perdemos" quase uma hora em confissões e lágrimas e sinceridade absoluta, e naquela transmissão de energia boa, sei que a minha alma, o meu coração, pouco a pouco, vão apaziguar a dor e a mágoa que até hoje guardo. De tudo. Da vida. Do passado. Do presente. De mim.
Ela pediu-me para, a cada dia, transpor para o papel (ou para o meu ecrã) uma pequena frase sobre a forma como iniciou o meu dia (ou finalizou). Só assim poderei avaliar o que faz transtornar os nossos finais de tarde e as noites em que estou mais ou menos predisposta para elas... e isso, notoriamente, reflete-se no seu comportamento. Os finais de dia são sempre o espelho do que vivi nas horas que antecederam o nosso regresso a casa. É nisso que preciso trabalhar e aprender a respirar para que a nossa bolha não sofra as mutações do meu estado de espírito menos bom!
Trabalho de casa: RESPIRAR! CONTAR ATÉ 3! RESPIRAR!
Ser um bocadinho melhor a cada dia que passa...
RESPIRAR! Ter consciência de que as minhas palavras ferem, antes de pensar sequer em proferi-las. Não esperar pedidos de desculpa quando quem os deve, não conhece a dívida.
APRENDER a viver com as intempéries e deixá-las no tempo em que aconteceram.
Se nunca o fui, não começarei agora a ser rancorosa.
VIVER mais para mim e para os meus. BRINCAR mais. PENSAR menos. AMAR desmedidamente. ESQUECER o pó. ABRAÇAR sempre. VALORIZAR o que sou.
SER. SER. SER.

'There is so much peace to be found in people’s faces...'


It’s coming to pass, my countries coming apart The whole thing’s becoming such a bumbling farce Was that a pivotal historical moment we just went stumbling past? Well, here we are, dancing in the rumbling dark So come a little closer, give me something to grasp Give me your beautiful, crumbling heart Another disaster, catharsis Another half-discarded mirage Another mask slips I face off with the physical My head’s ringing from the love of the stars There is too much pretense here Too much depends on the fragile wages And extortionate rents here We’re working every dread day that is given us Feeling like the person people meet really isn’t us Like we’re gonna buckle underneath the trouble Like any minute now, the struggle’s going to finish us And then we smile at all our friends [Refrain] It’s hard, we got our heads down and our hackles up Our backs against the wall, I can feel you aching None of this was written in stone There is nothing we’re forbidden to know And I can feel things changing Even when I’m weak and I’m breaking I’ll stand weeping at the train station ‘Cause I can see your faces There is so much peace to be found in people’s faces [Verse 2] I saw it roaring I felt it clawing at my clothes like a grieving friend It said there are no new beginnings Until everybody sees that the old ways need to end But it’s hard to accept that we’re all one and the same flesh Given the rampant divisions between oppressor and oppressed But we are, though More empathy, less greed, more respect All I’ve got to say has already been said I mean, you heard it from yourself When you were lying in your bed and couldn’t sleep Thinking, "Couldn’t we be doing this differently?" I’m listening to every little whisper in the distance singing hymns And I can, I can feel things changing [Refrain] But it’s so hard, we got our heads down and our hackles up Our backs against the wall, I can feel your heart racing None of this was written in stone The currents fast, but the river moves slow And I can feel things changing Even when I’m weak and I’m breakin' I stand weeping at the train station ‘Cause I can see your faces There is so much peace to be found in people’s faces [Verse 3] It’s not enough To imagine we’ll be happy when we’ve got enough stuff All this stuff is blocking us I’m neat with no chaser I’m all spirit, but I’m sinking 'Cause the days are not days but strange symptoms And this age is our age But our age is rage sinking to beige And yes, our children are brave But their mission is vague Now I don’t have the answers But there are still things to say I stare out at my city on another difficult day And I scream inwardly, "When will this change?" I’m beginning to fade But my sanity’s saved ‘cause I can see your faces My sanity’s saved ‘cause I can see your faces [Refrain] It’s hard, we got our heads down and our hackles up Our backs against the wall, I can feel your heart racing None of this was written in stone The current’s fast but the river moves slow And I can feel things changing Even when I’m weak and I’m breaking I stand weeping at the train station ‘Cause I can see your faces I love people’s faces

quarta-feira, 12 de junho de 2019

desafogo vespertino!

40 anos feitos há mais de 2 meses e tudo se mantém. a mesma rotina. a mesma insatisfação a nível profissional. o mesmo cansaço. a mesma falta de paciência. as mesmas discussões de final de dia. o mesmo mau-humor. esqueci-me (esqueço sempre!) das resoluções que fiz para este ano. passam nuvens cor-de-rosa fofinhas por cima de tudo o que penso ou idealizo e as promessas caem no esquecimento daquele céu longínquo onde em tempos sorria muito. sorria de e para tudo, para todos, até! hoje deambulo entre o caos que deixamos em casa (imaculado na hora de saída!) e um "trabalho" que me oferece prazeres efémeros... e depois passa. passa porque os projetos terminam e até que outro inicie passam horas e dias e semanas intermináveis. e há muito para fazer, há sempre muito com que ocupar o tempo. mas faço tudo rápido. tudo em mim é impulso. e o que poderia resultar num trabalho final fantástico, é meramente satisfatório. sempre fui assim, mediana por preguiça e comodismo. inteligente sou! sempre fui. mas pensar e fazer brilhar dá muito trabalho. ou até não. mas não me apetece. não estou para aí virada. ninguém reconhece! e o meu auto-reconhecimento deveria ser suficiente mas um "obrigado" sincero e um aplauso silencioso (a gratidão está nos olhos de quem a dá, quando a dá com sentido!) sabem tão bem. é um aconchego para a alma e um reconforto para o ego. depois, no final de mais um dia vazio, volto a casa. e nesses dias em que não dou nada de mim, porque já dei, antes, a correr, estão lá elas, as miúdas que querem a mãe para brincar, o colo da mãe para matar saudades ou para curar a rabugice e a mãe não está lá. está zangada com tudo e com todos e com o mundo e com tudo o que nele habita e mexe, menos com elas. mas são elas que estão lá e são elas que pagam. pagam numa moeda que jamais conseguirei pagar. jamais conseguirei compensar. o tempo não cala nem baixa o volume dos gritos que ecoaram nas paredes da nossa casa um dia, vários dias. demasiados. e choram. mas querem abraços. e fazem birras, mas querem-me na sala, com elas, entre jogos que as fazem felizes, entre "café... com leite, mãe?!" que me preparam com todo o amor que, naqueles minúsculos grandiosos corações sentem. e a mãe chora por dentro. esmorece a cada demonstração de amor e carinho. porque não há tempo. porque as miúdas têm de jantar e, porra pá!, esqueci-me de deixar alguma coisa a descongelar de manhã. e agora é tarde. e tem de se magicar alguma coisa a que elas não torçam o nariz. e depois chega ele com ânsia de nos ver. com saudades delas e de nós. e eu não deixo que brinque porque já é tarde e elas têm de jantar e os pratos já deviam estar na mesa e a sopa no microondas e eu não sou criada de ninguém. não senhora, pá! e ele não foi passear nem andar de bicicleta (que o faz tão feliz!). esteve a trabalhar onde também não é muito feliz mas dá para pagar contas e vivermos seguros. e eu quero 5 minutos de atenção, por entre o colo que elas pedem e o prato que jaz frente a elas sem ser tocado porque já passou da hora e as birras começam o início do final de dia. que devia ser em paz. e raramente é. e a hora de deitar chega cada vez mais tarde. porque queremos fazer tudo e porque elas nos querem um bocadinho. porque passam demasiadas horas sem nos ver e aquelas escassas horas são só nossas. e deveriam ser de gargalhadas e saltos em cima de cama, de banhos a borbulhar todo o espaço em volta e de olhos a brilhar porque, finalmente estamos todos juntos. mas, porra pá!, há sempre tanto para fazer. e eu, quero que fique sempre tudo feito antes de nos dedicarmos a elas, para que quando as adormecemos juntinho a nós, possamos dedicar-nos um ao outro. e o sono? ui! e as noites sem beijos de boa noite e um "amo-te muito" porque acabámos por ficar lá, junto a elas, embalados no calor delas? tantas noites. e o sofá fica ali, vazio e imaculado. sem nós. sem amor. e o amor está lá. em nós. em mim. nele. está lá sempre, mesmo por detrás das discussões. nos dias mesmo bons, o amor cheira-se a kms de distância. e cheira bem. sabe tão bem! saudades de sermos os dois, um do outro. jamais trocaria o que temos agora. um ao outro. elas. o lar. jamais. isto, apenas isto, apesar de parecer estar longe da realidade, é real. é sentido. o amor é sentido. por elas. por ele. O AMOR É SENTIDO! O AMOR É REAL! O AMOR SOMOS NÓS!!!!!!!!


Ah.... saudades de escrever sem sentido. escrever para me libertar. para respirar melhor.
vai ficar tudo bem. só preciso respirar. e escrever.
sou feliz, sim. muito.