quarta-feira, 25 de março de 2015

cheiro a mar*




Onda da manhã, eu vi você sair do mar
E todo sentimento que rodeia
Foi a luz do sol ou foi o vento que soprou
O macio dessa areia




banda do mar

quinta-feira, 19 de março de 2015

15 anos...

Há 15 anos eu era uma miúda... apesar dos meus recentes 21 anos ainda não sabia bem o sentido da vida e muito menos o que o futuro me poderia reservar! Sempre estiveste comigo, sempre me apoiaste e contigo podia contar SEMPRE! Mesmo que as minhas palavras te ferissem e passássemos infinitos dias sem proferir uma palavra um ao outro (e ver a tristeza nos teus olhos tirava sempre um pedacinho de mim!), sei que o teu amor por mim era inquebrável! E partiste... há 15 anos que abandonaste tudo o que te era querido... sem tempo para despedidas, sem oportunidade de fazer o que tinhas sonhado para a tua velhice, de rugas das marcas da vida e cabelos esbranquiçados pelo passar dos dias , de mão na mão com a mulher com quem escolheste ficar... partiste sem poder viver! Ou sem viver como querias ter acabado os teus passos na terra! Cansei-me de bradar aos céus o quão injusta a nossa passagem terrestre pode ser! Cansei-me de desfazer em lágrimas o meu corpo por dentro... e tentar desvendar mistérios do porquê desta viagem brusca sem retorno!
Todos os dias me assaltas a memória, pelas mais diversas situações por que passo diariamente... e a tua imagem reflecte, ao fundo, no espelho de casa quando me olho... e já não me conheço! Saudades sempre... do tempo que nos roubaram, Pai**

quarta-feira, 18 de março de 2015

não gosto de mostarda...

...e quando me chega ao nariz, fervo na pouca água do tacho que pus ao lume!
Sempre fui muito impulsiva, regida por acções impensadas... sempre tive o coração na boca e os nervos de aço! SEMPRE fui assim! SEMPRE!
Nesta vida nova que escolhi, em detrimento da que tinha anteriormente (estamos a falar de TRABALHO), aprendi a controlar impulsos, a contar até 10 antes de verbalizar todas as explosões que tinha dentro de mim prestes a ser disparadas! Eduquei-me (obrigatoriamente!) porque não podia continuar a ser tão selvaticamente desbocada como era antes! Mas antes ninguém me pisava e era respeitada! Opiniões são como (qualquer coisa que não gosto de proferir): toda a gente as tem, quem quer dá-las, dá-as - sempre ouvi dizer! E se tenho dúvidas ou necessito esclarecimentos peço-os sem vergonha alguma! Ninguém nasce ensinado e toda a gente tem o direito de ver as suas dúvidas esclarecidas! Não quero criar conflitos, não quero exaltar-me, não quero elevar os meus níveis de decibéis, nem transformar a passividade das minhas respostas escritas em afrontas pessoais... mas que não me coloquem a porcaria da mostarda à frente! Eu espirro e facilmente nasce um elaborado ser de verborreia! E não quero isso! Somos todos adultos e os desentendimentos (ou opiniões divergentes!) resolvem-se com conversas civilizadas!
Não admito que me faltem ao respeito nem que se dirijam a mim em tom menos correcto! Nunca o admiti a ninguém e não é neste momento, no alto dos meus quase 36 anos (cruzes!) que vou começar a fazê-lo! Independentemente do posto que ocupam, eu não bato pala a ninguém porque não considero que alguém esteja acima de mim, humanamente falando! 
Desabafos de um corpo dormente, de uma alma assaltada por injustiça... e muita revolta prestes a sobressair! E não quero explodir! Preciso ir para o cimo da minha Gardunha (que está a perder todo o seu natural encanto) e mandar três pares de ecos por essa Cova da Beira fora... para não deixar ninguém surdo (ou ofendido!) num encontro cara-a-cara!
E mostarda... não, não gosto mesmo nada! Mas se a sanduíche fizer questão, eu recheio-a!



Tal e qual! : http://girls-go.blogs.sapo.pt/857546.html

quarta-feira, 4 de março de 2015

Etiqueta do Casal... by Rosa Cuequinha!

Isto é SÓ hilariante! Práticas e costumes dos comuns mortais... e casais! :D


Etiqueta de casal.

'Se a Bobone nos tenta explicar como meter a mesa para os convivas quando há mais de 5 pratos de comida, alguém nos devia ensinar umas coisas sobre etiqueta de casal. Sabe Deus que bem jeito me dava.
Obviamente não irão encontrar nada de cientificamente comprovado útil aqui, mas ao reflectir sobre o assunto cheguei a estas conclusões:

Ahhh isso é mesmo como o meu/minha ex fazia/dizia.
A sério, não me canso de repetir, mas conversas sobre ex é como aquilo do se parece cocó e cheira a cocó...se calhar é cocó. Não precisas provar para saber. E falar nos ex quase sempre dá...nisso.
 
Bufas.
Não quero saber se são ninja, se ninguém ouviu, se, de repente, apenas um cheiro vindo dos confins de uma lixeira industrial se assoma por debaixo dos lençóis: sim, bufas são tabu! É daquelas coisas que todos sabemos que existem, mas não precisamos de um constant reminder.
(Se são daqueles casais que ambos se largam à grande e são felizes, by all means, sejam felizes!)
 
Ignorar o outro porque está a dar uma cena mais fixe na tv.
Eu tenho um sonho: um dia em que os moços ficarão abandonados de olhos postos no bife da vazia, enquanto as meninas estarão atentas a um documentário de 90 minutos sobre a História da Moda na tv e, simplesmente, não falem, absortas que estão naquilo que é tão interessante.
Eu sei que esse dia nunca vai chegar. Não porque os snack-bares não passem cenas dessas - isso também - mas, essencialmente, porque um tipo nunca fica simplesmente a olhar para um bife, quanto muito procura mais chicha nos arredores. Com duas pernas. E duas mamas.
 
Birras em público.
Ninguém, repito, ninguém, quer ser amigo do casal que acaba sempre a noite a discutir por uma treta sem sentido, ignorando os demais interlocutores, insistindo na birra, fazendo beicinho.
Aliás, as birras são a evitar, de todo. Já não temos idade para isso, nem paciência.
 
Meter o talher na comida do outro, sem advertência prévia.
Não sou nazi nisto: não me importo de partilhar. Contudo, desde os primórdios dos tempos que o Homem não gosta de partilhar a comida, especialmente sem a devida introdução/aviso do: posso provar? *acompanhada de olhos de bambi que não vê comida há uma semana*
 
Deixo-vos a liberdade criativa de acrescentar cenas a esta lista.
Na verdade estou com pressa e tenho mais que fazer, mas se me lembrar de mais coisas eu aviso.'

terça-feira, 3 de março de 2015

a NOSSA casa*



Foi há dois anos que criámos o ninho de onde vamos sair dentro de poucos dias... com peças 'roubadas' das nossas vidas anteriores, outras escolhidas ao pormenor, a pensar cuidadosamente no cantinho onde iria ficar colocada. Molduras de momentos intemporais, cores e sabores que fizeram desta casa a NOSSA! E vamos partir, para uma nova morada, para uma nova vida, para novos momentos de partilha... para longe de tudo o que sempre conheci! São poucos os quilómetros que ficam a separar-me da terrinha que me viu nascer, crescer, partir, regressar... e partir novamente! Não tenho medo! Medo teria se o marasmo em que vivia se mantivesse! Medo teria se não te tivesse encontrado, meu Peter Pan que me entrou de rompante pelos sonhos... e os concretizou! És a minha casa e todos os quartos em que habito, és a almofada onde repouso e os lençóis aconchegantes onde adormeço! És o meu sossego, o meu tumulto! A minha alegria, a minha inquietude! A minha juventude, as rugas que vão aparecendo! E vamos vivendo, deixando que os dias passem por nós com as vicissitudes do passar do tempo! Com discussões e amuos... com o fazer as pazes! Com surpresas e a sua ausência! Com a paixão a acalmar (ninguém aguenta a emoção e a virilidade dos tempos primeiros por muito tempo - é desgastante (e tão bom!)) e o amor a crescer! Com a nossa evolução enquanto seres que partilham a vida! Com passeios intermináveis pelas serras que nos acolhem, com descobertas felizes... com descobertas pessoais que não incluem o outro! Mas não deixam por isso de ser felizes, como a luz que irradias quando voltas para os meus braços! Neste momento é isso mesmo que me faz sentir incompleta - descobrir uma aventura minha! Procurar e ir sozinha... para no final voltar para os teus braços com o mesmo brilho com que voltas para os meus!

E vamos em frente! Vamos com a mesma força e convicção com que chegámos aqui! E os amuos e as discussões vão ser tão frequentes como a alegria e os momentos felizes de nos perdermos um no outro... de nos perdermos à descoberta de nós e de tudo! VAMOS... de mão na mão... a casa é NOSSA!*




segunda-feira, 2 de março de 2015

Coisas bonitas que se encontram por aí :)

"Se os meus olhos são as janelas da minha alma, então a minha boca é a porta, e o beijo que acabo de te dar – a chave. Peço que repares bem na desarrumação e penses, penses muito bem antes de entrar. A casa é pequena, mas há espaço para muita coisa. As diferentes divisões do meu coração estão abarrotadas de tentativas, de receios, e guardam amontoados intermináveis das minhas mais vulneráveis expectativas.
Agora responde-me: Tens a certeza que queres entrar? Se a resposta for positiva, peço que entres com calma. Na sala do meu coração tu encontrarás centenas de filmes, que me fizeram rir e chorar – no abrigo de outros braços. Músicas que embalaram altos e baixos – com outros amores.
Na cozinha tu sentirás o cheiro de muitos jantares. Temperos que eu costumava adorar e hoje já não posso suportar. Velas apagadas pela ação implacável do tempo. Talheres que alimentaram outras bocas e taças que embriagaram outros corpos.
A minha casa de banho esconde o cheiro de tantos perfumes, sabonetes e loções – quanto de decepções. A água do meu chuveiro já lavou outros suores e o espelho sobre o lavatório já refletiu dias melhores.
O quarto do meu coração é a divisão mais desarrumada, guarda tantas lembranças boas – quanto amores despedaçados. Nele tu encontrarás todo o prazer que dei e recebi. Todas as lágrimas que derramei e todas as alegrias que senti. Vários livros de cabeceira. Roupas por todos os lados. Noites em que fui feliz, e outras em que desejei dormir e nunca mais ter acordado.
Agora preciso que me digas: Tens a certeza que queres continuar? Sim? Então caminha até ao jardim. Lá tu verás quem fui e quem sou. Os espinhos que colhi depois de ter plantado flores, os fracassos que colhi depois de ter semeado esperanças. Mas verás também um pedaço de terra fértil, que resistiu bravamente, e que está a precisar – urgentemente – de água, adubo, calor e amor.
Agora responde-me com toda a sinceridade que existe em ti: Queres assumir a responsabilidade de revitalizar o meu jardim? Quer ajudar-me a varrer o chão, lavar os pratos e pintar as paredes? Estás disponível para me ajudar na troca dos móveis e com a nova decoração? Carregarás comigo todo o lixo para fora? Queres – do fundo do teu coração – habitar o meu?
Sim? Perfeito, cuida bem de tudo – a casa agora também é tua."
Fellipo Rocha