Para que lugar longínquo partiste, meu eterno anjo e protector? Por que estrelas caminhas, quantos sóis vês nascer perto de ti? Quantas luas iluminam o teu ser? Queria poder ter voado contigo, quando foste embora sem oportunidade de dizer adeus, sem tempo para despedidas, para um último olhar, um último abraço… um primeiro “amo-te”… nunca tive coragem para o dizer, apesar de tê-lo sentido sempre, em todos os momentos da minha vida… mesmo quando te gritei “odeio-te”!
Agora… odeio o tempo por te ter levado, odeio o mundo por ter perdido alguém como tu… odeio-me por não te ter pedido perdão vezes suficientes…
No dia que partiste entendi finalmente o verdadeiro significado da velha expressão “só damos valor às coisas quando as perdemos…”
Desculpa… pelos abraços que não te dei….
Desculpa… pelas palavras que te feriram…
Desculpa… pela minha falta de tempo para ti…
Agora tenho sempre tempo para falar contigo… horas e horas a fio, se assim me apetecer, à noite quando me deito. Agora, agora que talvez já não me ouças, agora converso contigo, choro para ti e digo-te “amo-te” antes de adormecer…
Consegues ouvir-me? Sentes-me triste? Sentes a minha felicidade?
Porque é que só agora tenho coragem para falar, para contar-te as mais patéticas coisas? Porquê? Porque partiste… e só agora te dou valor…
Perdoa-me… perdoa-me por tudo o que fiz... por tudo o que não fiz…
AMO-TE… para sempre…
Até logo…