sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Tantos dias e tantas coisas passaram desde a última marca que deixei aqui!
A mais importante é que fizeram 2 anos! 2 anos de mãe, de pai, de vocês! 
Há 2 anos sabia lá eu o que a vida me iria reservar! Sabia lá eu o que era amar para além de mim, para além de nós (de mim e do pai!), para além da vida! E amo! Amo-vos tanto que dói! E dói ver-vos crescer e ver o tempo, os nossos dias escapar-me por entre os dedos das duas mãos, por entre os meus braços que começam a fraquejar quando o mimo de ambas grita e querem o colo da mãe! Ainda consigo (e conseguirei, caramba!) passear-vos ao colo pela casa e parar em frente ao espelho e ver os vossos olhos brilhar e o sorriso a abrir-se pela imagem espelhada e pelas músicas que roubei à infância para partilhar com vocês! São tão bonitas, vocês!!
E eu... velha e resingona! Passamos momentos tão bons! Manhãs de ronha, sorrisos e descobertas, festas na cara, saltos em cima da cama! Abraços e beijos cada vez mais deliciosos, mais nossos! Palavras inventadas que só nós percebemos e expressões e manhas e frustrações que só nós curamos! E a mãe, esta mãe que escolheram para ser a vossa (acredito que os bebés nos escolhem, sim!) não tem paciência para ninguém! E se o resmungar fosse só a minha arma de defesa, ninguém iria sair magoado, como sai. Grito, critico, grito, desvalorizo, grito, faço cara feia, grito, reviro os olhos, grito, não elogio, grito... grito tanto!!! E já não sei falar, não! Porque, para mim, vocês são o mais importante do mundo e tudo o que eu digo sobre vocês tem de ser ouvido e lembrado por todos! E todos os outros têm vida! 
Desculpem a mãe! Desculpem a mãe quando os gritos acabam também por vos atingir quando vocês não merecem! São tão pequeninas e indefesas que não merecem nada desta falta de tudo que a mãe às vezes tem e sente e transparece!
Mas a mãe ama-vos muito! Mesmo quando não nos deixam dormir uma noite inteira colados um ao outro como antes (agora dormimos colados a vós! :) ), mesmo quando as vossas birras me tiram do sério e a mão se levanta para vos assentar a fralda! Mesmo quando me obrigam a contar até 20 e lembrar-me que em tempos também tirava a avó do sério (pobre avó!). Tudo passa quando chegam os momentos que ninguém nos tira! E os abraços e beijos que ninguém iguala! Vocês são para mim únicas no mundo, como o meu amor é único por vocês!!!!!

Parabéns Alice & Clara por existirem e fazerem de mim a Mãe (tão bom sê-lo!!!) mais feliz***


"Podemos achar que já amámos alguém. Mas depois chega quem nos faz entender que afinal não era amor. Que afinal era assim um gostar quentinho, mas não era amor. Que era um sítio confortável, mas não era amor. Era um estou-aqui-mas-podia-estar-ali. Era assim qualquer coisa a que nos habituámos. Era.
Depois vem quem nos tira o chão. Quem nos inquieta a mente. Quem nos troca as respostas que tínhamos para a vida. Quem nos faz olhar com outros olhos. Quem nos faz descobrir cheiros e ansiedades. Quem nos faz desinquietar a vida. Descobrir o vazio da falta do outro. Quem nos ensina a urgência e a saudade.
Isso é amor. Quente. Avassalador. Eterno. Não traduzível em palavras.


"O amor é só uma palavra, até o dia que conhecemos alguém que nos dá a definição completa."