quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
sem nexo...
Gostava de ter a coragem, a força interior, o espírito livre para sair daqui, desta terra, deste país esquecido e usurpado por todos aqueles que detêm o poder sobre nós… abandonar tudo isto sem olhar para trás, sem sentir vontade de querer permanecer aqui… sem sentir saudades, sem sofrer por partir… mas (porque em todos os momentos da vida existe um injusto “mas”)… há demasiadas coisas, lembranças e pessoas que não me permito abandonar! Não são os amigos, porque esses, os únicos, verdadeiros e intemporais acompanham-nos para onde formos, em pensamento, em recordação… não me acho suficientemente forte para partir e dizer adeus à minha mãe… que ficará sozinha, já que as minhas irmãs decidiram seguir o seu rumo por outros caminhos… e orgulho-me delas por isso e não consigo seguir-lhes os passos… porque me sinto pertencente a esta terra, de alma e coração, de corpo e sentidos, de infância e futuro… de toda uma vida, breve, eu sei… mas de toda a minha existência! A minha mãe, cuja vida lhe roubou tanto, apesar de lhe ter dado bastante, a minha mãe faz parte de mim, de perto de mim… e não a imagino longe… aperta-me o peito imaginar que um dia poderei perdê-la… porque ninguém é eterno, ninguém resiste a todas as adversidades… ninguém pertence a este mundo terrestre para sempre… e no outro, como tantas vezes preciso de acreditar que existe, não nos recordamos do que fomos aqui, não partimos para reencontrar ninguém… não abandonamos o nosso corpo para depois sermos reconhecíveis… nesse mundo em que preciso acreditar deixamos de ser nós…
(já não me recordo da razão que me levou a escrever aqui hoje…)
Preciso sair daqui… por uns tempos… apenas por uns tempos… estou a morrer aqui… estou a deixar de ser eu…
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Encontrei no youtube excertos do filme da minha vida…
O filme que mais me marcou, que mais me tocou, a poesia, a perda, a descoberta, a união, o companheirismo, o tiranismo, as almas encobertas, presas que se soltaram através de uma alma livre!
A poesia tem esse efeito em mim… leva-me para longe, para tudo o que é irreal e que existe apenas no meu mais intimo…
É, sempre foi e será para sempre o filme da minha vida...
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