Acordo de noite subitamente.
E o meu relógio ocupa a noite toda.
Não sinto a Natureza lá fora,
O meu quarto é uma coisa escura
com paredes vagamente brancas.
Lá fora há um sossego como se nada existisse.
Só o relógio prossegue o seu ruído.
E esta pequena coisa de engrenagens
que está em cima da minha mesa
Abafa toda a existência da terra e do céu...
Quase que me perco a pensar o que isto significa,
Mas estaco, e sinto-me sorrir na noite com os cantos da boca,
Porque a única coisa que o meu relógio simboliza ou significa
É a curiosa sensação de encher a noite enorme
Com a sua pequenez...
F.P.
terça-feira, 23 de janeiro de 2007
quarta-feira, 17 de janeiro de 2007
saudades...de tudo e de todos...
Hoje… hoje os dias são mais pequenos, as noites mais longas…
Hoje, ao contrário do que acontecia há um mês atrás, em que as quatro paredes onde estava encarcerada me sufocavam, sinto-me completamente alheia a tudo e a todos, sinto-me absolutamente inútil num mundo onde sinto e sei que faço falta, que sinto falta!
Estou cansada de olhar sempre para as mesmas paredes, para as mesmas coisas, para limpar pó que não existe, para arrumar miniaturas que também se cansam de mudar constantemente de sítio…
Preciso sentir-me precisa… sentir-me necessária….
Hoje vim apenas desabafar nestas escassas linhas que aqui deixo…
Tenho saudades de vos ler e por vós ser lida…
Até qualquer dia… até sempre…
A inspiração não tem sido a minha melhor companhia…
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