sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

olhando para trás...

Chegado o fim do ano, resolvi reflectir acerca do que aconteceu neste ano que está prestes a findar… resolvi pensar porque, muito provavelmente não vou escrever aqui tão cedo e aproveito hoje para me despedir de todos os meus queridos leitores (devo ter a mania que escrevo numa coluna social!:)) e dizer não um adeus, mas um até logo… Este ano muitas coisas se alteraram na minha vida… Sinto que cresci, que deixei de ser aquela menina assustada, receosa, demasiado introspectiva… a vida que comecei a ter assim me obrigou! Comecei a trabalhar, pela primeira vez na minha vida, a sério, de corpo e alma (mais de corpo (subentenda-se, de cabeça) do que de alma…), saí de casa, pago as minhas contas e compro as minhas coisas sem ter necessidade de dar justificações a quem quer que seja e sou feliz… Tenho a meu lado quem eu escolhi, quem me faz sentir especial, quem me ama e ainda diz (depois de alguns anitos) que tenho um sorriso lindo… que me acha bonita, mesmo que o cansaço trilhado na minha cara seja mais que evidente… Gosto de trabalhar, fui obrigada a gostar do que faço, às vezes contrariada, às vezes descontraída… Quando olhei para a minha vida, há uns meses atrás, pensei: “está tudo encaminhado, está tudo a correr bem e assim vai continuar…” Mas não! Acabo o ano de forma muito diferente do que julgava que iria acabar… Acabo o ano mais forte emocionalmente, mais madura, mais consciente… Acabo o ano mais fraca…. porque o trabalho (que às vezes me fazia querer gritar) acabou… Senti vontade de gritar, de desaparecer, de sair daqui a correr sem ter de me despedir de ninguém (como provavelmente não chegarei a fazer…)… senti as lágrimas a querer ser mais fortes… a querer sentir a minha face… Tanto trabalho, tanta dedicação, tanto esforço e sacrifício (de horas, de momentos que podia ter passado, de pessoas com quem poderia ter-me cruzado… de minutos que podia ter dispensado) para quê? Para ser despejada sem ter sequer UMA única oportunidade para falar, para demonstrar que estou aqui porque quero, porque preciso, porque me sinto bem? De que serviram estes 15 meses se me foram roubados num segundo?! A esperança tem de continuar… A derrota jamais pode sair vencedora, jamais pode sobrepor-se à nossa força de vontade, à nossa determinação e a um olhar positivo sobre a nossa forma de olhar para a vida… Não vou, não posso nem quero desistir! Uma boa noite de domingo a todos! Um bom ano de 2007 a todos! Um grande beijo na alma! Com carinho…
Abelha.
FELIZ ANO NOVO
a todos!!!
que este novo ano possa ser encarado como uma viragem, um sinal de esperança, um olhar para um futuro melhor...
eu, inicío o ano novo com pouca fé, com a esperança a dissipar-se perante os meu olhos...
mas acredito que melhores dias virão...
para todos : 365 recheados de coisas boas para recordar e partilhar!
beijos

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

...

«Sempre», dizes, como se o tempo fosse para além do que somos, e o que somos não se perdesse em cada canto em que nos perdemos. nuno júdice

boas festas...na alma e no corpo!

A todos os meus visitantes… Deste ano, guardem tudo o que é bom de guardar e vivam o próximo ano com a certeza que tudo pode ser melhor! Por isso, antes que 2006 acabe e antes que a memória se apague, desejo a todos um NATAL MUITO FELIZ e ENTRADAS EM 2007 com a esperança que todos os vossos desejos se possam realizar (mesmo que não seja possível, fica o sonho…) beijinhos

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Ode on Melancholy


'Lethe, neither twist Wolf's-bane, 
tight-rooted, for its poisonous wine; 
Nor suffer thy pale forehead 
to be kiss'd By nightshade, ruby grape of Proserpine; 
Make not your rosary of yew-berries, 
Nor let the beetle, nor the death-moth be 
Your mournful Psyche, nor the downy owl 
A partner in your sorrow's mysteries; 
For shade to shade will come too drowsily, 
And drown the wakeful anguish of the soul. 
But when the melancholy fit shall fall 
Sudden from heaven like a weeping cloud, 
That fosters the droop-headed flowers all, 
And hides the green hill in an April shroud; 
Then glut thy sorrow on a morning rose, 
Or on the rainbow of the salt sand-wave, 
Or on the wealth of globed peonies; 
Or if thy mistress some rich anger shows, 
Emprison her soft hand, and let her rave, 
And feed deep, deep upon her peerless eyes. 
 She dwells with Beauty - Beauty that must die; 
And Joy, whose hand is ever at his lips Bidding adieu; 
and aching Pleasure nigh, 
Turning to poison while the bee-mouth sips: 
Ay, in the very temple of Delight Veil'd 
Melancholy has her sovran shrine, 
Though seen of none save him whose strenuous tongue 
Can burst Joy's grape against his palate fine; 
His soul shall taste the sadness of her might, 
And be among her cloudy trophies hung.'

John Keats

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

...

Hoje, principalmente hoje….hoje, acima de tudo, não queria estar aqui, não queria ter de encarar, de considerar a possibilidade que está tudo tão perto do fim… Por vezes, confiando no destino, nas pessoas que fazem parte do nosso presente, damos passos maiores do que as nossas pernas podem suportar… e depois tropeçamos… e deixamo-nos cair… Não sei o que deva fazer, se luto, posso desiludir-me com a resposta, se não, nunca saberei o que teria acontecido se tivesse lutado… Por isso acredito que JAMAIS devemos considerar as coisas como garantidas, como certas… devemos ter SEMPRE um pé atrás, ter dúvidas, ter receios… mas, se estamos sempre à espera que alguma coisa falhe, nunca avançaremos nas decisões que tomamos dia após dia… Tenho medo… tenho mesmo muito medo… Como vai ser daqui para a frente? Como vai ser a minha vida daqui para a frente? O tempo… esse meu actual maior inimigo, o dirá….

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

não há direito!

ANÍBAL CAVACO SILVA
Actualmente recebe três pensões pagas pelo Estado:
- 4.152,00€ do Banco de Portugal
- 2.328,00€ da Universidade Nova de Lisboa
- 2.876,00€ - por ter sido primeiro-ministro
Podendo acumulá-las com o vencimento de Presidente da Republica!!! Porque será que, o Expresso, o Público, o Independente, o Correio da Manhã e o Diário de Notícias, não abordaram este caso, mas trataram os outros conhecidos, elevando-os quase à categoria de escândalos? Será que vão fazer o mesmo que fizeram com os outros?? Não será por isto a falência da Segurança Social?!?!
ISTO É UM ATENTADO À CRISE ECONÓMICA QUE SE VIVE ACTUALMENTE NO PAÍS!
UM AUTÊNTICO ATENTADO À POBREZA!!!!

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

isto sim!é jornalismo!!!

"Os sete artistas compõem um trio de talento"
Manuela Moura Guedes
"O acidente provocou uma forte comoção em toda a região, onde veículo era bem conhecido"
António Bravo - SIC
"O acidente fez um total de um morto e três desaparecidos. Teme-se que não haja vítimas"
Juliana Faria - TV Globo
"Há muitos redactores que, para quem veio do nada, são muito fieis às suas origens"
António Tadeia - Crónicas do Correio da Manhã
"a conferência sobre a prisão de ventre foi seguida de farto almoço"
Diário da Universidade de Bragança

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

...

tenho sono...
tenho frio...
tenho o cansaço a apoderar-se de mim... e ainda é só o primeiro de muitos dias de semana que parecem nunca ter fim...
quero ir passear, sentir o vento gelado bater-me na face, sentir-me viva, sentir que me consigo mover sem ter sempre a cadeira a prender-me, a impedir-me de correr... de voar para longe....
quero sair daqui... só hoje... só neste fim de tarde escuro e sombrio....
quero ir para casa... descansar... dormir... preparar-me para mais um dia desta semana interminável...
foram tão bons, tão maravilhosamente bons estes três dias sem despertadores, sem pressões, sem pessoas que nunca quero ter de encontrar, sem a azáfama quotidiana...
foi tão bom acordar sem ter nada para fazer e poder dormir mais um bocado, sem pressas, sem telefones, sem papéis...
foi bom... namorar à vontade, namorar com tempo (coisa que, ultimamente, não tenho)...
foi bom... e acabou-se!:(

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Hoje… hoje doem-me os olhos, ardem-me as lágrimas presas por convenções, por lugares onde esse demonstrar de sentimentos não é permitido… Tenho a sensação que vou rebentar a qualquer momento, sem razão aparente, sem motivo algum… apetece-me chorar, apetece-me desabafar coisa nenhuma… às vezes sinto-me assim, sinto falta de sentir lágrimas escorrerem-me pela cara abaixo, lágrimas significativas de todos os pormenores da minha existência, lágrimas que me compreendem, que fazem parte de mim… que por vezes precisam de me abandonar… para se renovarem… e voltarem a partir quando assim preciso… Chorarei quando puder, quando o meu silêncio e o meu espaço vazio assim me permitirem… Chorarei quando outros, sem o saber, me deixarem… Chorarei… quando? Não sei…

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

for my one and only...

'Lembro-me de ter andado neste campo, 
de ter sacudido o sol de dentro das espigas, 
de ter ouvido ao longe alguém rir e depois o silêncio, 
de sentir que nada se passava ao passar pelos muros, 
de não ver ninguém e era a tarde a começar, 
de fechar os olhos para me libertar do azul, 
e de os abrir como se o céu tivesse outra cor, 
de olhar para uma casa como se alguém a habitasse, 
e de saber que as janelas se abrem para ninguém, 
de perguntar de onde veio a flor que colheste, 
sem me lembrar que é o tempo das flores, 
de te perguntar quem és sem ouvir uma palavra, 
e de ouvir tudo o que a tua respiração me diz, 
de teres pousado a cabeça no chão
 como se a terra te dissesse um segredo, 
e de ter adivinhado o que a terra te disse quando te olhei, 
e o teu rosto dizia tudo.'

Nuno Júdice

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Princesa Desalento

to a very special princess...

'Minh'alma é a Princesa Desalento, 
Como um Poeta lhe chamou, um dia. 
É magoada, e pálida, e sombria, 
Como soluços trágicos do vento! 
 É fágil como o sonho dum momento; 
Soturna como preces de agonia, 
Vive do riso duma boca fria: 
Minh'alma é a Princesa Desalento... 
 Altas horas da noite ela vagueia... 
E ao luar suavíssimo, que anseia, 
Põe-se a falar de tanta coisa morta! 
 O luar ouve minh'alma, ajoelhado, 
E vai traçar, fantástico e gelado, 
A sombra duma cruz à tua porta... 

 Florbela Espanca 

I know time will heal your wounds

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

balada da despedida...

Hoje as saudades estão a consumir-me…
Saudades de tudo e de todos, de momentos, de lugares, de pessoas que deixaram marcas na minha breve existência… Obrigada pela noite de 5ª feira (quem ler saberá do que estou a falar…) Até qualquer dia… até sempre… 

"Sentes que um tempo acabou 
Primavera de flor adormecida 
Qualquer coisa que não volta, que voou 
Que foi um rio, um ar na tua vida 
E levas em ti guardado 
O choro de uma balada 
Recordações do passado 
O bater da velha cabra 
Capa negra de saudade 
No momento da partida 
Segredos desta cidade 
Levo comigo p'ra vida 
Sabes que o desenho do adeus 
É fogo que nos queima devagar 
E no lento cerrar dos olhos teus 
Fica esperança de um dia aqui voltar 
E levas em ti guardado 
O choro de uma balada 
Recordações do passado 
O bater da velha cabra 
Capa negra de saudade 
No momento da partida 
Segredos desta cidade Levo comigo p'ra vida"

faltam 20 dias

O cheiro a Natal já paira no ar! As ruas iluminadas, a musica nos altifalantes da cidade durante o dia, a azáfama das compras, os enfeites, as janelas repletas de luz, de pais natal, de luzes coloridas que nos enchem a alma, de crianças ansiosas pela noite de dia 24… Tenho saudades desses tempos em que o Natal me enchia os olhos e a alma e me aquecia o coração! O calor que vinha da fogueira à porta da igreja na véspera do grande dia, quando ficava de mãos dadas com quem me protegia do frio e de tudo… Tenho saudades de dar valor, de sentir como só uma criança sente, de encontrar magia onde hoje só vejo consumo… de viver todo o ano à espera daquele dia… Saudades de ser criança…